quarta-feira, 18 de março de 2009

Afinal, o que é a Web?


Quando pensamos em Internet o primeiro conceito que nos vem à cabeça é “aldeia global”. Mas quando começamos a pensar no assunto de uma forma mais aprofundada verificamos um labirinto muito denso, que nos impossibilita de chegar a uma resposta clara. Vários intelectuais e académicos já tentaram desenvolver estudos no âmbito desta temática, mas ainda ninguém conseguiu chegar a uma definição-chave sobre Internet.

A Internet abarca vários domínios de análise, o que revela a sua complexidade em termos de definição. Em primeiro lugar, devemo-nos remeter para a heterogeneidade dos seus utilizadores e o que isso implica.

Segundo a obra “Introdução à Internet” de Libório Silva e Pedro Remoaldo, existem seis grandes grupos que utilizam a Internet com uma finalidade específica, sendo eles: as instituições (académicas, governamentais); as comunidades profissionais (ligadas ao investimento e desenvolvimento); as empresas; os hackers (indivíduos peritos em criar programas maliciosos); os activistas políticos e sociais (promoção das suas campanhas); e o público em geral, que utiliza a Internet para os mais diversos fins.

Esta abordagem sobre os tipos utilizadores mais frequentes da Internet leva-nos para um outro campo ligado aos perigos que esta ferramenta imprescindível do SEC.XXI tem-se encarregue de fomentar. Ao longo da evolução da Internet, o carácter heterogéneo dos seus utilizadores tem levado a que muitos sistemas tenham sido corrompidos, muita informação tenha vindo a perder qualidade e credibilidade e, pior que tudo, muitos indivíduos tenham sido ameaçados.

Em segundo lugar, importa esclarecer a questão relativa às funcionalidades que a Internet tem vindo a oferecer aos seus utilizadores. E uma das mais importantes reside no facto dos utilizadores poderem usufruir de ferramentas que lhes possibilitam uma maior interacção e um maior conhecimento ao nível do global, daí a designação “aldeia global”.


Face a este contexto, a Internet tem vindo a evoluir e a disponibilizar aos seus utilizadores um leque cada vez Maior de plataformas, onde estes podem deixar as suas assinaturas. Falamos aqui de uma das mais recentes evoluções da Internet, a Web 2.0.

Esta nova plataforma, nas palavras de O'Reilly (fundador da empresa que deu origem a este termo), pretende “um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva".

Deste modo, e aproveitando esta visão do fundador da O'Reilly esta segunda geração da Web possibilita uma maior interacção social, onde a receptividade passiva do público dá lugar à produção de conteúdos dos mais variados tipos, isto é, os gostos e as opiniões dos utilizadores comuns passam a ser tidos em conta, proporcionando, assim, um enriquecimento da interacção cultural.

Por outro lado, é preciso ter em conta que esta evolução da Web nem sempre tem contribuído para o fluir do enriquecimento cultural puro, uma vez que com o consecutivo aumento dos conteúdos disponibilizados na Internet começa a existir um sem-número de informações que, de certo modo, tem corrompido a boa qualidade que se pretende nas informações existentes na Web.

E depois de toda esta explicação na tentativa de encontrar uma definição para o que é a Internet e a Web 2.0 ficamos com a percepção que este mundo digital/virtual concentra em si uma complexidade e multiplicidade de elementos, levando à nossa incapacidade de os caracterizarmos de uma forma absolutamente objectiva. Aliás, estes conceitos comportam um grande carácter subjectivo, o que resulta numa ausência de consenso.


1 comentário:

  1. Hey Caterrine!

    Adoro aqela imagem da Web 2.0, já te tinha dito :) Ah e roubei-te o vídeo, mas o meu tá em português :p

    Continuação blogueira ;D

    Beijoca,
    Danny

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